Polícia

Em ação policial, três jovens são mortos e moradores protestam

Comandante-Geral da PM, coronel Paulo Coutinho, sustenta versão da polícia

Em ação policial, três jovens são mortos e moradores protestam
Foto: Reprodução/TV Bahia

Três jovens foram mortos durante uma ação policial realizada na comunidade Solar do Unhão, na região da Gamboa, em Salvador, na madrugada desta terça-feira (1º).

De acordo com uma nota extraoficial da Polícia Militar, por volta das 03h40 uma guarnição foi acionada sob denúncia de homens armados na região da Contorno.

Ao realizarem incursões, os policiais encontraram os suspeitos, que iniciaram a troca de tiros. O confronto terminou com três dos possíveis envolvidos mortos, enquanto outros conseguiram fugir.

“Vale salientar que durante a prestação de socorro, houve o início de atos de vandalismo na via principal sendo necessário o apoio de outras unidades para debelar a situação”, afirma a nota.

Em entrevista à TV Bahia, o Comandante-Geral da PM, coronel Paulo Coutinho, comentou: “Nossa PM está para a defesa do cidadão e só ele sabe o que encontrou diante daquela situação, é por isso que estabelecemos uma apuração para que todos os fatos sejam esclarecidos”.

A polícia apresentou a apreensão de armas, balança de precisão, drogas, relógio de pulso, três celulares e R$ 172 em espécie.

Uma das vítimas foi identificada como Alexandre Santos, de 20 anos.

Versão dos moradores

Moradores do local alegam que os policiais “chegaram atirando” contra os jovens. Segundo eles, por volta das 2h, os policiais ainda jogaram gás lacrimogêneo.

Por causa da ação, os moradores estão fazendo na Avenida Contorno, fechando a pista nos dois sentidos. Eles pedem o fim da violência policial.

“Na Gamboa de Baixo não tem só traficante e ladrão, tem moradores, gente de bem, tem crianças. Eles têm que fazer o trabalho deles, a população não mexe, mas chegar da forma que chegaram, dando tiro e matando, tá errado”, disse uma parente de uma das vítimas à TV Bahia.

“A polícia chegou dando um monte de tiro, ainda abriu a minha torneira para lavar o sangue dos meninos, que eu vi pequenos. Meu sobrinho, que eu peguei no colo e vi desde criança. Um bom menino, que não teve o direito de se defender”, continuou.

Apesar de ser dito pela PM que houve troca de tiros, os moradores negam.


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