Polícia

“Tribunal do crime” foi responsável por mandar matar Bruno e Yan Barros

Caso Atakarejo teve inquérito concluído nesta quarta-feira (7)

“Tribunal do crime” foi responsável por mandar matar Bruno e Yan Barros
Foto: Divulgação

O “tribunal do crime” foi o responsável por mandar matar Bruno e Yan Barros, tio e sobrinho que foram assassinados no dia 26 de abril, quando foram entregues a traficantes do Nordeste de Amaralina ao roubarem carnes do supermercado Atakarejo. A conclusão foi tomada pelos investigadores da Polícia Civil, que encerraram o inquérito do caso nesta quarta-feira (7).

No total, 23 pessoas foram indiciadas pelo crime. 10 foram presas, incluindo quatro funcionários do mercado, enquanto outras 13 estão foragidas. 17 dos que foram indiciados já são acusados de possuírem ligação com o tráfico na região do Nordeste de Amaralina.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (7), a diretora do DHPP, delegada Andréa Ribeiro, e a presidente do inquérito, a delegada Zaira Pimentel, afirmaram que a grande dúvida é quem teria acionado os traficantes.

“A única coisa que temos claro é que a polícia não foi acionada para atender a denúncia de furto. Alguém teria entrado em contato com os traficantes, ainda não sabemos quem”, afirmam as investigadoras.

Após serem contactados, os traficantes teriam ido até o local para buscar Bruno e Yan, que foram levados até o Nordeste de Amaralina, onde foram executados, já que roubos não são tolerados por facções.

Os suspeitos do crime estão, agora, à disposição da Justiça e devem responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e omissão de socorro qualificada.

Funcionários

Quatro funcionários do mercado estão presos e outro está foragido há um mês. Eles são suspeitos de omissão e complacência no caso. Durante as investigações, foi descoberto um novo caso envolvendo a morte de um adolescente que também teria sido morto após furtar produtos do Atakarejo. As investigações sobre esse caso, contudo, ainda não foram concluídas.

A polícia, no entanto, não avançou para saber se a execução de acusados de furto era uma prática recorrente na rede de mercados. “Não há mais dados concretos para avançarmos neste sentido”, aponta a delegada.


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