Polícia

Mulher que estava grávida é encontrada morta, mas perícia não encontra feto

Caso aconteceu em setembro do ano passado, mas polícia ainda não encontrou solução

Mulher que estava grávida é encontrada morta, mas perícia não encontra feto
Foto: Arquivo pessoal

Uma gestante foi encontrada morta em setembro do ano passado, mas ainda causa dor de cabeça à polícia do Rio de Janeiro. Thaysa Campos dos Santos, de 23 anos, teve seu cadáver encontrado uma semana após ficar desaparecida. Ela estava grávida de oito meses, mas exames mostraram que não havia feto no corpo da jovem.

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, Marcos Camargo, analisou o laudo de necropsia de Thaysa e afirmou que é possível que o bebê tenha nascido antes da mulher ser assassinada.

“O laudo diz que o útero pode ser compatível com estágio puerperal. Não diz que é, mas também não descarta a possibilidade. Por esse laudo, não dá para descartar que o feto tenha sido retirado antes do exame necroscópico. O útero estava vazio. O laudo não diz que tinha um feto, mas também não descarta possibilidade dessa moça ter dado à luz antes de ser morta”, explicou.

“Se ela estava grávida e foi a óbito com o bebê ali, isso seria evidentemente relatado na necropsia. Considerando esse dado e o laudo necroscópico, a questão está parecendo que a criança foi roubada. Tudo indica que alguém esperou ela dar à luz, mataram e levaram a criança”, continuou. A causa da morte, no entanto, é o elemento principal para que seja descoberto o que aconteceu com o bebê.

A família corrobora com a tese e acredita que a criança está viva em algum lugar. Eu peço pelo amor de Deus que, se essa criança estiver viva em algum lugar, que ela seja devolvida. Eu preciso da minha neta”, disse a mãe de Thaysa, Jaqueline Campos, em entrevista ao Uol.

Crime

Thaysa tinha dois filhos e estava na terceira gravidez. O pai da criança é homem casado. Na noite em que desapareceu, ela disse à irmã, por volta das 22h, que iria buscar uma bolsa do bebê, mas não retornou para casa.

Imagens das câmeras da uma estação de trem registraram a jovem sendo abordada por um homem pelas costas. Ele a leva para dentro de um mato, na mesma região em que ela seria achada morta depois. A bolsa de maternidade que ela tinha ido buscar estava próxima.

O celular da vítima foi roubado e vendido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A mulher que comprou o telefone reconheceu o vendedor como sendo o homem que aparece nas imagens abordando Thaysa.

A mãe da vítima diz que não conhecia o pai do bebê que a filha esperava. Contou que uma semana antes de sumir, Thaysa mostrou uma foto dele para a mãe, mas após a morte dela, ele não procurou pela família. “A mulher que vivia com ele chegou a ameaçar a Thaysa dizendo que essa criança não viria ao mundo. Minha filha estava com medo, mas não tinha noção do que estava por vir”, contou. O casal já foi ouvido pela polícia e as investigações continuam.

O corpo de Thaysa estava em avançado estado de decomposição quando foi encontrado e a causa da morte ainda não é conhecida.


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