O desembargador Luiz Fernando Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que está na mira do Conselho Nacional de Justiça, foi afastado temporariamente por conceder prisão domiciliar a Ednaldo Freire Ferreira, um dos fundadores do Bonde do Maluco (BDM).
O desembargador, no entanto, nove meses antes, negou o pedido de habeas corpus preventivo de Wilhans Carvalho Leite, que é o “Nove de Espadas” do Baralho do Crime, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O homem é apontado pelas autoridades policiais como líder do BDM na cidade de Senhor do Bonfim, no centro norte do estado.
A defesa de Wilhans Carvalho Leite, conhecido como ‘Coroa’ ou ‘Zezito’, argumentou que o cliente, que está em liberdade desde 2019 após cumprir sete anos de prisão no Conjunto Penal de Senhor do Bonfim, recentemente tomou conhecimento sobre a existência de uma prisão preventiva decretada pelo Juízo Criminal da Comarca da cidade.
O homem é acusado de ser líder do BDM e de ordenar homicídios em Senhor do Bonfim. Wilhans também é suspeito de planejar a morte de um homem, crime que foi impedido por policiais militares.
A defesa de ‘Coroa’ afirmou que a denúncia de participação do homem em uma organização criminosa é “genérica” e que não foi informado qual seria a função e os crimes cometidos por cada suspeito dentro da facção da qual ele foi apontado como liderança.
Os advogados que o representam alegaram também que, atualmente, Wilhans exerce a função de tatuador na Bahia e em Pernambuco, e que “busca tão somente o sustento da família que constituiu”.
O juiz que colocou em liberdade Dadá, o chefão do BDM, analisou o pedido da defesa de ‘Coroa’, mas negou a concessão de liberdade preventiva.
As informações são do site Bnews
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